quinta-feira, 28 de abril de 2011

"I fought the law and the LAW WON"

Este post é baseado na neura que consome a nós, oh, pobres vestibulandos, criaturas indefesas diante dos temíveis obstáculos presentes no ano de Vestibular (e nos meios que encontramos para tornar a experiência menos traumatizante).

Principalmente, é sobre um obstáculo específico: a escolha da carreira. OH! A escolha da carreira... esse ano nem tinha bem começado e os professores não demoraram a vir com aquela conversa de "O que vocês querem ser quando crescer? Porque vocês JÁ CRESCERAM!", entre outros comentários perturbadores.

Algumas pessoas já tinham escolhido desde o ano passado, mas a maioria, onde eu me incluo, ainda estava naquela coisa de 3 ou 4 opções. Você vê, se pra escolher o nome de um blog, como eu disse, eu quase tive um colapso nervoso, o que dizer então de uma decisão que vai me afetar pelo resto da vida?

*Vinheta velha do Pânico na tv*: Será?

Ok, talvez não exatamente. Porque não é bem escolher uma carreira, e, sim, um curso na universidade. Um curso que a pessoa pode concluir ou não e, se concluir, pode atuar na área ou não. O futuro é CHEIO de possibilidades, nunca dá pra ter certeza de como as coisas vão ficar.
Isso deixa a decisão menos desesperadora, mas, mesmo assim, difícil. Porque, oras, de qualquer jeito, eu queria escolher alguma coisa que eu gostasse. E tinham várias coisas das quais eu gostava.

O que me levou a estas opções:

Jornalismo
Borat, o segundo melhor repórter do Cazaquistão


Psicologia
                                                           Dra. Harleen Quinzel


Publicidade e Propaganda
Bebê aleatório


E, por fim, a vencedora...

Direito
Harvey, o advogado


And the law won... e eu fui mesmo resistente. Coloquei na cabeça que, das quatro opções, Direito era a última, que era chato, que era muito comum e blablablá.
Mas, com o tempo, fui pesquisando, pensando mais na prática do que na teoria, a ideia foi crescendo e de repente eu estava: "humm... não é que parece beeem legal??".
A disputa final foi entre Direito e Psicologia (Harvey vs. Harley, GO!) e Psicologia perdeu por pouco, muito pouco.

Agora, vem a parte divertida: me matar de estudar pra tentar passar no Vestibular - e, claro, esperar que eu não acabe mudando de ideia!

P.S.: Bem que em vez daqueles bonequinhos genéricos que representam cada um uma profissão, alguém podia fazer miniaturas de profissões com personagens da ficção! Eu adoraria ter um mini-Harvey Birdman com "Direito" escrito na base, ou imagina então um mini-House pra Medicina! Tá, provavelmente, isso nunca daria certo por implicações do copyright, mas deixe meu lado nerd sonhar em paz, ok?

domingo, 24 de abril de 2011

Contos de Terror do Tio Montague, de Chris Priestley



"Hush little baby, don't say a word
And never mind that noise you heard
It's just the beasts under your bed
In your closet, in your head"
Enter Sandman - Metallica

Olá! Estou de volta, agora para um momento de muita emoção (ou não): a primeira resenha do blog!
Acho que é bom explicar desde já que em todas as resenhas de livros, eu colocarei no início um trecho da letra de uma música que esse livro me lembrou, ou que eu ache que tem a ver com a história de alguma forma, como um tipo de "trilha sonora literária". É uma coisa que eu gosto de fazer e pensei "aaaaaah... por que não?". Nerdy habits die hard...

O escolhido como objeto de análise da primeira resenha (uh, que chique, "objeto de análise") foi "Contos de Terror do Tio Montague", do escritor britânico Chris Priestley. Li esse livro no verão de 2009 e até hoje considero-o uma das maiores surpresas que já tive nessa vida de bookaholic.

Eu estava na livraria, justamente procurando por um livro que poderia ser meu companheiro durante a clássica temporada na casa de praia que acontece todo verão, onde a melhor coisa que se pode encontrar na tv é o comercial do Superpapo (sabe aquele que conta uma historinha e que assim que acaba começa de novo, ficando desse jeito por umas 3 horas? Pois é...). Fuçando pela seção juvenil, acabei encontrando esse livro, do qual eu nunca tinha ouvido falar (e que, se não tivesse pesquisado depois, continuaria sem ouvir falar!). Era um pouco menor do que os outros livros em altura e era relativamente fino (253 páginas), mas a descrição na orelha me pareceu interessante e eu AMO livros de contos - várias histórias pelo preço de uma! -  então, resolvi apostar e levei esse mesmo. Afinal, provavelmente era o tipo de terror juvenil Goosebumps, que acho bem divertido.

Mas eu estava errada. Ah, e como estava errada.

"Contos de Terror do Tio Montague" é muito, mas MUITO melhor do que qualquer "terror juvenil Goosebumps" que eu já li. Aliás, apesar de ter crianças como protagonistas, acho que o livro dificilmente pode ser considerado de "terror juvenil", já que as histórias muitas vezes são sombrias, crueis e com finais nada otimistas. Não pense naqueles finais abertos a lá Goosebumps: Chris Priestley não tem muita preocupação em poupar seus protagonistas.
Sabe aquele aviso que Lemony Snicket coloca nos livros da série "Desventuras em Série", que diz, mais ou menos: "se você detesta histórias com finais infelizes e em que crianças sofrem, melhor procurar outro livro"? Combina perfeitamente com "Contos de Terror do Tio Montague"!

Mas vamos logo à história. São 10 contos interligados por um fio condutor: a visita do menino Edgar (homenagem a Allan Poe??) à casa de seu tio Montague (que não é bem seu tio, e sim provavelmente seu tio-avô, apesar de seus pais não terem certeza de qual é o real parentesco).
Logo no início, na caminhada do moleque até a sinistra casa do tio, atravessando um bosque escuro, com o chão coberto de folhas mortas e acompanhado pelos olhares das crianças da vila, já sentimos o clima sombrio que lembra o horror gótico e permeia o livro.
Quando Edgar finalmente chega à casa, tio Montague, uma figura peculiar, não demora a contar suas histórias, já que a necessidade do sobrinho de ouvi-las e a do tio de contá-las era o que motivava as reuniões dos dois, como Edgar explica, quase como se fossem "reuniões de negócios".

O primeiro conto, "Não Suba", narra a história de Joseph, um garoto que tem no jardim de sua casa um imenso olmo antigo. O garoto começa a desenvolver uma obsessão por escalar a árvore, ignorando as palavras "Não Suba" talhadas no tronco e os avisos do velho jardineiro (jamais ignore os avisos de um velho numa história de terror!). Obviamente, as coisas não vão terminar bem. Não é um conto dos mais marcantes, mas tem o mérito de ser o primeiro a mostrar o tom que as histórias terão a partir daí (em outras palavras, foi o conto que me fez pensar "Cacete! Não estamos mais na terra de Goosebumps!").

Depois, o livro segue com "A Des-Porta". Uma garota e uma mulher mais velha, que se passam por mãe e filha, vivem de aplicar golpes em velhas senhoras e realizar pequenos furtos em suas casas. O que era para ser só mais um trambique, no entanto, acaba tomando proporções assustadoras quando visitam a casa da Sra. Barnard. Também não é dos melhores e tem uma "surpresa" meio previsível, mas me agradou por ser bem "Além da Imaginação" e ter a presença de bonecas, que considero criaturas muito sinistras...

O terceiro conto é "O Demônio de Madeira". Conta a história de Thomas, que rouba uma escultura de madeira em forma de demônio do carrinho de um mendigo, sem saber que o objeto tem vida própria e traz uma maldição ao seu proprietário. O melhor conto até agora, com algumas passagens perturbadoras e um demônio bem FDP, que lembra o criado por Stephen King no conto "O Homem de Terno Preto".

"Oferendas" é um dos contos mais perturbadores do livro, se não for o mais. A família de Robert acabou de se mudar para sua casa nova. O garoto, entediado e sem amigos, acaba conhecendo um misterioso menino que aparece sentado no muro do jardim dos fundos de sua casa, com um sorriso incrivelmente largo. Mas isso pode estar relacionado a uma lenda bizarra envolvendo um antigo morador. Conto estranho e macabro que vai além do convencional e prende completamente a atenção até o final.

"Poda de Inverno" é um dos meus favoritos. No vilarejo onde Simon mora, todos conhecem a Velha Mãe Tallow, uma esquisita velhinha cega que passa os dias podando as macieiras de seu jardim. Devido à sua fama de bruxa, nenhuma criança ousa invadir seu território. Porém, ao ouvir falar que a velha tem uma boa quantia em dinheiro guardada em casa, Simon resolve tentar roubá-la sem que ela perceba. Só que é claro que não vai ser tão fácil. Uma história que realmente me surpreendeu e a Velha Mãe Tallow garantiu seu lugar no hall das velhinhas bizarras da ficção.

"A Moldura Dourada" é a clássica história do "cuidado com o que deseja". A mãe de Christina traz para casa um quadro com o retrato de uma menina, ladeado por uma moldura dourada. Ao ficar a sós com o quadro, Christina descobre que a menina no retrato fala, e lhe oferece três desejos. Tem um final que eu não esperava ver nesse tipo de livro, e, assim como "Oferendas", mostra que as crianças nem sempre são inocentes.

O conto seguinte é "Jinn". Entediado enquanto acompanha seu pai numa viagem pela Turquia, Francis fica curioso ao saber sobre um menino que foi morto, aparentemente, por uma espécie de animal selvagem. Sem acreditar nessa versão, ele tenta descobrir por si próprio o que aconteceu. Conto interessante por apresentar uma criatura maligna diferente das que estamos acostumados, além de, talvez, ser o conto mais triste do livro.

"Uma História de Fantasma", acho que é o conto mais fraco do livro. Tendo que aturar uma festa de casamento de parentes, Victoria resolve pregar uma peça em suas primas esnobes. Enquanto as meninas se reunem em um quarto para ouvir a história de terror supostamente verdadeira que uma delas tem a contar, Victoria fica escondida em um baú ao lado de uma menina que acabou de conhecer, as duas prontas para saltar de lá quando a história chegar a seu ápice, assustando todas as outras. É, no fim, só mais uma história de fantasma com final previsível, mas não deixa de ser um conto competente.

"A Trilha", com certeza, está na lista dos melhores. Matthew decide fugir do pequeno vale onde cresceu e explorar o mundo, como fez seu avô. No caminho, enquanto sobe por uma trilha na montanha, percebe que tem uma figura misteriosa o seguindo. Um conto simples, mas tenso e com um final de cair o queixo.

O conto que encerra o livro se chama "Tio Montague". Nos intervalos entre uma história e outra, Edgar começa a achar seu tio mais estranho do que de costume, chegando até a duvidar de sua saúde mental, enquanto ele apresenta objetos que diz terem feito parte de cada história. Neste final, tio Montague conta sua própria história, fechando as pontas soltas e trazendo uma revelação que pode ser surpreendente.

Bem, acho que já é hora de finalizar esta resenha.
Só posso recomendar a todos que apreciam histórias de terror, ou que curtem livros de contos, ou que simplesmente querem dar uma chance a um livro injustamente pouco conhecido, que procurem "Contos de Terror do Tio Montague". É um livro pequeno e fino, com algumas ilustrações que parecem saídas de uma animação do Tim Burton (feitas por David Roberts) ou seja, muita gente vai conseguir ler de uma tacada só.
É isso.
See ya o/





quarta-feira, 20 de abril de 2011

And... here... we... go!



Então, estamos começando. Depois de um tempo de falta de coragem e de quase ter um colapso nervoso tentando escolher um nome, eis que finalmente dei vida a um blog. Eeeeh, uh tererê! \o/ (tá, pode parecer brega/idiota/espírito-de-tiozão-baixando-em-corpo-que-não-lhe-pertence, mas não posso negar que o "uh tererê" tem certo brilho que falta a outras interjeições!).

Bem, com esse blog pretendo falar praticamente de tudo que possa me interessar, com foco em resenhas de livros e filmes, mas, também, muito espaço para bizarrices/nerdices/devaneios aleatórios.

Sobre o nome: É. Eu sei que é estranho. O que aconteceu foi que eu queria um nome, acima de tudo, ABRANGENTE, então, pensei várias coisas envolvendo a palavra "tédio" - afinal, a necessidade de seu extermínio foi o que motivou tudo - mas todos tinham alguma ressalva, ou me incomodavam, ou outro mimimi. Finalmente, liguei o brainstorm e foram surgindo ideias que envolviam algum nome de lugar, até chegar ao pensamento "oh, 'avenue' é uma palavra legal!". Em seguida, o brainstorm deve ter me deixado meio perturbada, pois começaram a vir vagas memórias de infância, sobre uma história que meus pais liam para mim, em que uma marmota levava uma bolada na cabeça.
Juntando tudo, eis que formou-se o seguinte pensamento: "Ei, se existisse uma história em que uma gangue de alienígenas mafiosos controlasse o tráfico de drogas na Flórida, sabe que nome ela provavelmente teria?? Marmota Avenue!!!"
E do brainstorm mais fucked up da História, nasceu o nome deste humilde blog :D

(o mais bizarro de tudo é que, jogando no Google, descobri que, de fato, EXISTE uma Marmota Avenue, só que fica na Califórnia. Meda O.o)

Enfim, este é apenas o primeiro post!
I'll be back o/
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